terça-feira, 25 de maio de 2010
Vestibular: O pesadelo dos jovens
Em 1911 tornou-se obrigatório no Brasil o exame vestibular. De inicio, funcionava de forma oral e escrita com auxilio dos próprios professores da faculdade. Hoje existem formas variadas de vestibular no Brasil. Havendo a idéia de unificá-lo.
Algumas faculdades adotaram o método de vestibular seriado, que avalia o aluno durante todo o ensino médio, ou seja, ele faz a prova no ultimo semestre de acordo com sua série e no terceiro ano é anexada uma redação somando as notas e classificando o aluno.
Em abril do ano passado, o MEC anunciou o projeto de unificar o vestibular no Brasil. Alguns países como China, Japão e Chile já possuem o vestibular unificado, e muitos consideraram isso um avanço para o nosso país.
A idéia é facilitar o aluno a prestar o vestibular para mais de uma Instituição ao mesmo tempo, ou seja, no ato da inscrição ele poderá escolher cinco opções de cursos de até cinco Instituições diferentes, que estejam vinculadas ao Sisu (Sistema de Seleção Unificada). Desde a década de 70 existe a Comissão Nacional do Vestibular Unificado.
Nas universidades, a adoção de reserva de vagas começa em 2000, com a aprovação da lei estadual 3.524/00, de 28 de dezembro de 2000. Esta lei garante a reserva de 50% das vagas -nas universidades estaduais do Rio de Janeiro - para estudantes das redes públicas municipal e estadual de ensino. Esta lei passou a ser aplicada no vestibular de 2004 da Universidade do Estado do Rio de Janeiro(UERJ) e na Universidade Estadual do Norte Fluminense(UENF).
A lei 3.708/01, de ( 9 de novembro, a confirmar) 2001, institui o sistema de cotas para estudantes denominados "negros" ou "pardos", com percentual de 40% das vagas das universidades estaduais do Rio de Janeiro. Esta lei passa a ser aplicada no vestibular de 2002 da UERJ e da UENF.
Outras universidades, tais como a Universidade de Brasília(UNB) e a Universidade do Estado da Bahia(UNEB) também aderem a tal sistema, tendo como critérios os indicadores sócio-econômicos, ou a cor ou "raça" do indivíduo.
Algumas controvérsias específicas às cotas de cunho racial residem no fato de que seria difícil definir quem teria direito a tais políticas. Alguns defendem o critério de autodeclaração, outros defendem a instauração de uma comissão de avaliadores que, baseados em critérios objetivos e subjetivos, decidiriam quem teria direito às cotas.
O sistema de cotas é algo polemico, quando se trata a cunho racial, pois isso é uma forma de amenizar todo um processo histórico no nosso pais? Será que isso não agravará o racismo já existente?
Por: Lucas Gonzalez, Pedro Furtado, Davi Manhães, Yan Bittencourt e Mariana Cardoso.
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Saudações pessoal!
ResponderExcluirque surpresa tive agora ao encontrar o nosso blog atualizado e com ótimos textos!! Estão todos de parabéns! Os elogios estendem-se aos 3 artigos, mas quero fazer alguns comentários em cada um deles.
Muito bom o levantamento que vocês fizeram sobre o Vestibular. Todo o texto está muito bem escrito, rico em argumentos e com boas referências. Fizeram um ótimo trabalho.
Ao que me parece, na época dos meus pais o vestibular era unificado: uma prova, várias opções (curso/instituições) e a escolha do candidato fica em função da sua classificação. Parece que o sistema vai voltar a este modelo, né... que interesses poderiam estar por trás destas mudanças?
E finalmente chegamos às questões das cotas... Tenho um depoimento que julgo interessante: logo que a UERJ iniciou as cotas, tive a chance de conhecer (num bate papo após uma palestra) a Reitora da UERJ, e ela dizia que eles não mudaram o vestibular pq esse seria o jeito certo de ingressar na universidade, mas porque a sociedade precisa discutir isso e este seria apenas um incentivo...
Vocês devem conhecer aquele argumento contra as cotas, alegando que seria o fim da qualidade das universidades, pois estaria "baixando o nível"... Bom, como parte de um trabalho sério, as primeiras turmas com cotas foram monitoradas (acho que até hoje ainda são), para observar o desempenho dos alunos "cotistas" e adivinhem o resultado? Não adivinhem, procurem o trabalho original e confiram: não tem diferença.